sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Item números 18 do artigo sobre o SUB (grandE!)

18. 1996 – “Memórias da SAPT – 1936/1996” - 60 anos, de José A. Chaieb, Pery Pinto Diniz e Jorge Babot Miranda.
“Agradecimentos
Dante De Laytano (...)(p.4)
APRESENTAÇÃO
Para que ninguém se esqueça do que esses homens fizeram pela SAPT e por Torres, decidimos publicar essas Memórias que ficarão indeléveis como marcos rochosos ao abrigo do tempo. (p.9)
Capítulo I
INTRODUÇÃO: Propósito do Livro
Durante os eventos recentemente realizados, ‘Raízes de Torres’, os autores, que publicaram valiosas obras sobre a história de Torres deixaram muito a propósito um amplo espaço vazio sobre o papel que a SAPT teria desempenhado no período mais significativo da história da cidade. Esse espaço vazio está sendo preenchido agora. A história de Torres seria bem outra: teria parado no tempo, se não tivesse havido o impulso criador dessa plêiade de homens de espírito público que, de mãos dadas com a administração municipal e entidades representativas da sociedade torrense, nas trincheiras da SAPT, romperam barreiras físicas, quebraram os grilhões do imobilismo e da ignorância e abriram os caminhos para o progresso e o futuro de Torres.
É importante assinalar que o nascimento da SAPT coincidiu com o momento exato em que o polêmico projeto do Porto de Torres fora preterido pelo de Rio Grande, restando ao governo municipal voltar sua atenção para o turismo, como forma de alavancar o desenvolvimento do município.
(...) Podemos dizer, repetindo a confissão do autor de ‘Torres Origens’, o autorizado historiador Ruy Ruben Ruschel: este livro também ‘nasceu de um ato de amor, amor por uma terra, a Rainha das Praias Gaúchas’.
(...) crises e eventuais insucessos poderão ser vistos como próprios de organizações que precisam estar atentas, para se adaptarem as mudanças conjunturais. (p.10/11/12)
Capítulo II
DEPOIMENTOS – CRÔNICAS
A) Depoimentos:
Dante de Laytano: Recordações de Torres
Dante de Laytano – Professor universitário, historiador e jornalista, sócio fundador da SAPT.
Escrevo estas páginas ao correr das lembranças (...) escrevi uma apreciação sobre os limites sobre o Rio Grande do Sul com Santa Catarina. Fiz uma avaliação em pesquisa de campo a respeito do folclore torrense, suas heranças populares, os sentido do legado da gente simples, seus usos e costumes (...) terminei por levantar um mapa histórico para revelar a presença de (...) Garibaldi, Bento Gonçalvez (...) Dom Pedro I, Dom Pedro II em Torres.
A SAPT teve um desempenho genial na evolução do município. No Centenário da Criação do Município de Torres, coordenei Seminário Estudos para assinalar a data e apreciar as raízes culturais de Torres. Foi um sucesso. Torres é um assunto sem fim! (...)
Ainda o velho Picoral, sua importância e as colônias de veranista de Porto Alegre sempre em grande número. (...)
Torres, com a saída do velho Picoral, e o recomeço de uma nova era de Alfiero Zanardi e Jaime e Enio Pozzi, com nova hotelaria. Todos com sistema de muita classe. A SAPT mesmo partiu para um hotel, (...) participando de todos os movimentos, (...) pedindo, batalhando, implorando, solicitando e prestigiando, apoiando e colaborando. (...)
Gostaria de um dia escrever a história da SAPT. Conseguirei? (...) A SAPT é o símbolo de Torres.
Mario Antunes da Cunha
Como era Torres nas décadas de 20 a 40
(...) Tornei-me sócio da SAPT (...) não possuía sede própria, suas reuniões realizavam-se nas dependências do Hotel Picoral, cujos salões estavam instalados onde hoje se encontra o edifício da própria SAPT (...) realizavam-se também no Farol Hotel e (...).
Os hospedes do antigo Hotel Picoral ficavam alojados em chalés que compunham o chamado quadrado (...) além dos quartos nada mais havia.
A única construção de material era a que ficava no centro do quadrado, onde funcionavam as instalações sanitárias que os veranistas cognominaram de ‘Senado’.
José A. Chaieb:
O idealismo de Ítalo João Balén
(...)
Praça N.S. dos Navegantes
A SAPT, ao longo de sua história, exerceu importante papel, não só no desenvolvimento de Torres como na preservação de seu patrimônio paisagístico e histórico. (...)
No início da década de sessenta, o então Prefeito loteou o largo Nossa Senhora dos Navegantes da Praia da Cal, na calada do inverno.
A prefeitura indenizou o proprietário do terreno e deu-lhe em troca um terreno na Praia Grande (...). Foi um erro que custou caro a Prefeitura e ao Estado. (...)
O episódio demonstra a o papel do veranista na defesa de seus interesses coincidente com os da cidade.
b) Crônicas:
Sinval Saldanha: Reminiscências de Torres
(...) ‘Folha da Tarde, de 10/10/66’
Foi em 1824 que veio para o Rio Grande do Sul a primeira leva de imigrantes alemães. O maior número de famílias estabeleceu-se na Feitoria, donde irradiou para outras regiões do Estado. Um grupo encaminhou-se para Torres, lugar então de grande futuro, onde sem demora devia se abrir um importante porto comercial. Esse melhoramento nunca veio e os colonos, cansados de esperar, e fundaram a colônia de São Pedro nas encostas da Serra. (...)
Quase um século depois da chegada dos germânicos, começou Torres a reanimar-se. Por volta de 1915 e 1916 sabedores das belezas da praia distante, os rio-grandeses passaram a procurá-la (...). As primeiras famílias (...) entre outras, as dos Drs. Borges de Medeiros, Protásio Alves, (...) e Sinval Saldanha. (...)
O hotel Picoral era um vasto galpão de madeira que ficava no local onde se ergue agora o prédio da Sociedade dos Amigos da Praia de Torres. Torres tinha só uma rua de casinhas baixas, acanhadas, quando se iniciou o seu progresso. (...)
Renato Costa: Uma visita a Torres
Correio do Povo, edição de 04/02/1951
(...) Lembramo-nos, ainda, daquele famoso quarteirão de toscos chalés de madeira que era a ‘cloaca’ máxima dos veranistas. O espetáculo era sórdido e nauseabundo: um mosquedo, abundante e agressivo. Nas horas de calor intenso poucos os que, mesmo de nariz tapado podiam resistir às exalações pútridas daquele casarão.
Em matéria de alimentação, tudo era primitivo e precário, apesar dos esforços e da boa vontade sobreumana do velho Picoral que não teve nunca o apoio material dos governos e não dispunha, por ex., da energia elétrica fácil, como hoje.
(...) E há ainda hoje quem sinta saudades daquele primitivismo bárbaro, como se lhes fizesse falta a sujice daqueles tempos! (...) foi preciso que um grupo de homens, clarividentes, empreendedores, corajosos e cheio de um invejável espírito público, como os da Sociedade dos Amigos de Torres, (...)
O edifício alteroso e imponente – que é o solar dos amigos de Torres – não é, como se supõe, estupidamente, uma casa de ricos, inacessível aos que queriam colaborar na obra de engrandecimento material e social daquele recanto privilegiado do Rio Grande.
Osvaldo Goidanich:
Torres nas décadas de 30 e 40
A saga do turismo no Rio Grande do Sul
Osvaldo Goidanich, jornalista e primeiro diretor do SETUR, ‘turismo no RS–50 anos de Pioneirismo’.
‘Somente nos anos 20 e que começaram as viagens para as praias de mar.’ (...) O documentário rodado por Júlio Picoral e que exibiu para todo os Estado à incomparável beleza da praia de Torres e as instalações do seu hotel, foi sem nenhuma duvida, o primeiro filme de publicidade turística feito no Rio Grande do Sul. (...)
Não há como negar que o turismo no Rio Grande do Sul começou de fato no ano de 1935, com a bandeira e os ideais do Touring Club desfraldados por um moço jornalista do Diário de Notícias e bacharelando de Direito, Clio Fiori Druck. (...) Nasceu o Touring com o apoio das mais destacadas personalidades do mundo oficial e das classes conservadoras do Estado.
Coube ao Touring dar a partida na jornada de conscientização da sociedade riograndense para as benesses do turismo. (...)
Assim, durante três lustros, de 1930 a 1950, o Touring conduziu sozinho o turismo no Estado suprindo, a inexistência de órgãos oficiais. (p.13/26)
Capitulo III
Passado Remoto




a)    Fundação da SAPT
A SAPT, aliada informal da Municipalidade, surgia justamente no momento em que as autoridades torrenses passaram a considerar a vocação natural de torres para o turismo. (...)
Interessante, no caso, é constatar-se a presença de dirigentes e associados da SAPT na fundação, na mesma época do Touring Club no Estado.(...)
Disse a Coordenadora do Departamento de Turismo da PUC – Professora Norma Martini Moesch: ‘o turismo exige vigilância permanente, denúncias corajosas, pleitos árduos e continuo recordar da memória coletiva acerca de seu breve passado histórico, seus heróis e seus vilões’.
 Hotel modelo – Apoiou a SAPT o projeto de José Picoral Filho apresentado ao governo do Estado e ao Banco do Rio Grande do Sul, no sentido de construção de um hotel modelo em Torres. (...)
Não foi aprovado o projeto da sociedade referida, ficando decidido que o próprio Estado se incumbiria da construção. O que não aconteceu.
Torres viu-se assim privada do hotel Picoral – ‘o marco histórico da introdução do turismo em Torres’. (p.39/44)
Exposição de Osvaldo Goidanich – diretor do SETUR
Reunião na SAPT
Descreveu, Goidanich, os trabalhos de abril a maio de 1958 pela Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, a qual integrava na condição de diretor administrativo do Touring Club do Brasil no Rio Grande do Sul. Dela fazem parte dois especialistas em turismo, indicado pelo governo norte americano, Edgar Nelson e Frank Hefter, da Mac Cann Erickson.
Do programa elaborado pelos técnicos do antigo Ponto IV, hoje USAID para o desenvolvimento do turismo no Brasil – oito lugares haviam sido selecionados. Entre eles, Torres, pela sua beleza paisagística (...). (p.77/78).
O cemitério do Morro do Farol
Os historiadores nos dão notícias do cemitério de Torres localizado no morro do Farol, também chamado torre do Norte. Realmente, o cemitério lá se conservou até a década de sessenta, proporcionando ambiente triste e melancólico para os que visitavam o farol. Visita obrigatória de todo o turista – e principalmente para os mestres e alunos do grupo escolar Marcílio Dias existente em sua vizinhança. Por iniciativa da SAPT e com sua colaboração financeira, a prefeitura Municipal de Torres, por seu prefeito Manoel João Machado, foi o cemitério removido. E os restos mortais de cerca de 30 tumbas, colocados em jazidos perfeitamente identificáveis foram transferidos para o cemitério municipal, nas imediações da BR 101 na entrada da cidade (p.89) (...)


A SAPT – Sua estrutura, finalidade e tradição
A nossa sociedade é uma organização complexa um misto de entidade de recreação, lazer e empresa comercial. (p.106) (...).

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