terça-feira, 31 de agosto de 2010

Item número 33 do artigo sobre o SUB

33.      MARÇO E ABRIL DE 2006, jornal Melhor Idade, textos da página central, de João                                        Barcelos da Silva.
A SALGA E O SUBMARINO
No final da década de 1930, início da 2ª guerra mundial, funcionava em Torres, a todo o vapor, um estabelecimento que “fabricava bacalhau” para exportar para a Alemanha, por sinal o dito estabelecimento era dirigido por pessoas de origem germânica. A atividade era tal que chegou a causar a falta de sal em toda a região, inclusive no hoje Arroio do Sal.
Salinas apareceram em vários pontos de Torres, nos mesmos ares surgiram dirigíveis, em seus mares muitos submergíveis, sendo que um deles teria sido afundado pela FAB, no ano em que havia, com muitos aviões de procedência norte-americana, uma BASE Aérea nos arredores da cidade, no atual Parque do Balonismo, bem próximo de onde funcionava a tal de “salga”, ali na volta do Mampituba.
A respeito existem estórias e escritos, fatos e fotos que auxiliam a argumentar, convincentemente, a favor da tese de que Torres foi fortemente influenciada totalitariamente, na época das AMEAÇAS DAS AREIAS, inclusive com afilhados e agentes, capitães e carpinteiros, Colônias e compadres, padres, paróquias e pastores atuando germanofilocamente, a exemplo de altas autoridades, civis e militares, principalmente na esfera federal.
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AS SALINAS E OS SUBMERGÍVEIS

HEITOR MATOS CARNEIRO, conhecido também pelo que sabe a respeito das coisas antigas de Torres, conta que a Lomba da Salina, que os aviões de guerra costumavam sobrevoar, deve o seu nome a um estabelecimento que produzia sal, pertencente a um padre, cujo nome não lembra, porém é pessoa conhecida na região torrense.
ERNANI HOFFMEISTER, falecido recentemente, DE EXCELENTE MEMÓRIA, que tinha conhecimento da Salga e da Base Aérea, bem como de suas atividades e finalidades, contava que em plena 2ª guerra apareceu na Praia das Pedras (Praia do Meio) um mastro de navio que precisou de mais de 40 homens para levá-lo para frente da Igreja, onde, num 7 de setembro, foi hasteada a bandeira brasileira.
Heitor lembra que o número de aviões era muito grande e o senhor Ernani afirmava que eles atacavam constantemente depois da Ilha dos Lobos, depois da linha do horizonte, mas dava para ver a água levantar quando eles atiravam as bombas. Contava o Sr. Ernani que num destes ataques foi noticiado o afundamento de um dos submarinos da Alemanha, os quais costumavam freqüentar o litoral Torrense. Acrescentava o Sr. Ernani que antes dos ataques aos submarinos, os aviões sobrevoavam as Salinas e antes de aterrisar faziam a mesma coisa.
Um livro “Torres de Antigamente”, do médico Eduardo Festugato, página 102/103, noticia a existência de uma salina bem na frente do Hotel Dunas. No local foi encontrado um enorme cano de chumbo, uns 10 cm de diâmetro e de 20 a 30m de extensão, foi necessário 4 homens para carregar, que era utilizado para puxar água para fazer sal. O tal cano não era de ESTANHO, era chumbo mesmo, tanto que o Fotografo Feltes fez “peso” de pescar (chumbada).
Outro livro, “Raízes de Torres”, Prefeitura Municipal de Torres, 1996, organizado por Vera Lúcia Maciel Barroso, Teresinha Conceição de Borba Quadros e Maria Roseli Brovedam Brocca, informa a existência em 1940, portanto em plena chamada 2ª Grande Guerra, de uma salina a beira de um Arroio na praia, o que teria originado o nome do atual Município de Arroio do Sal.
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Semana da Pátria - 1943 Bandeira brasileira hasteada no mastro de navio recolhido na prainha. Ao fundo chaminé quadrada do Picoral

A SAPT E O SAL
A explicação para a extinção do exitoso estabelecimento hoteleiro BALNEÁRIO PICORAL pelo maior e melhor pesquisador de Torres, Ruy Ruben Ruschel, o qual, por sinal, era neto, pelo lado materno, de José Antonio Picoral, é apenas uma parte da história.
A falta de sal tem a ver com a salga, empreendimento dirigido por pessoas de origem germânica, assim como tem a ver com o surgimento de salinas e outros acontecimentos surgidos no litoral Torrense. Ora o Balneário Picoral, que surgiu no início da chamada 1ª Grande Guerra, 1914, foi extinto em meio à chamada 2ª Grande Guerra, 1941, ano em que os norte americanos declaram guerra ao “Eixo”, em conseqüência do ataque japonês no Pacífico.
A partir da entrada, declarada, dos norte americanos no conflito, a SAPT, criada em 1936, 18 anos após o final da chamada 1ª Grande Guerra, 1918, um ano após a Intentona Comunista, 1935, e um ano antes do Estado Novo, 1937, a qual teve como 1ª sede um estratégico “Abrigo”, muito semelhante a uma “casamata”, bem próximo do “Quadrado”, que tinha um “fedorento senado”, passou, então, a tomar o lugar do Balneário Picoral na parceria com a Prefeitura Municipal. 

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