terça-feira, 27 de julho de 2010

J. Krishnamurti


E nesta tarde, se me permitis, desejo explorar junto convosco se temos alguma possibilidade de pôr fim ao sofrimento. Isso não significa que devais crer que o sofrimento pode ter fim, porem, sim, que empreendais junto com o orador esta viagem de exploração, se desejais investigar profundamente esta questão e não apenas tratar dela intelectual ou verbalmente — o que nenhum valor tem. Dizer-se: "Compreendo intelectualmente", ou "Verbalmente compreendo o que estais dizendo" ― tais asserções são completamente sem valor para o homem que está deveras investigando o problema do sofrimento. Não importa saber se o sofrimento se acabará ou continuará existente; mas muito importa saber que, a menos que o resolvamos, a menos que fiquemos completa, profunda e definitivamente livres dele, então, todo movimento, todo pensamento, toda ação continuará envolta em suas sombras, em sua escuridão; por conseguinte, nunca haverá um momento de liberdade, de completo bem-estar, equilibrado e racional, uma taça cheia, transbordante, sem o mais leve sopro do sofrimento.

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